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quarta-feira, abril 27, 2011

Jean Piaget - Desenvolvimento Cognitivo

    Jean Piaget concentrava a aprendizagem através do pensamento, uma vez que a inteligência se manifesta no reflexo desta. É pela inteligência sofrer um processo de maturação ao longo da experiência de vida que Jean Piaget define o processo cognitivo em vários períodos.

  Período Sensório-Motor (nascimento – 2 anos)
     Devido à interacção entre a inteligência Sensorial e Motora, a criança ganha a dita inteligência Prática, através da concepção dos movimentos.
      Um exemplo que demonstra as características deste período pode ser visto quando se entrega ao bebé um objecto e este o apalpa e manuseia, tendo a noção da existência deste. No entanto quando este não se encontra no campo visual do bebé, ele perde a consciência da existência do mesmo objecto.

  Período Pré-Operatório (2 – 7 anos)
     Neste período, há um desenvolvimento intelectual e daí surge as primeiras noções básicas da linguagem e da comunicação. Adquirindo também, uma imagem mental dos objectos com os quais interage e se apresentam no seu campo perceptivo, sendo estas imagens estáticas e não conseguindo percepcionar a dinâmica dos objectos. Através do desenho, a criança tenta representar as imagens que ficaram retidas na sua mente e mesmo que o desenho sejam apenas riscos confusos sem qualquer nexo, para esta está perfeitamente representado o objecto em questão.
     Esta fase subdivide-se em pensamento pré-conceptual, onde se encontram o animismo, realismo, finalismo, artificialismo e egocentrismo; e em pensamento intuitivo onde se depara a irreversibilidade, as dificuldades de transformação, a centralização e a não conservação.

  Período das Operações Concretas (7 – 12 anos)
     A infância encontra o seu ponto alto neste período, onde adquire não só noções abstractas, como também ganha autonomia e cooperação em grupo. A criança capacita-se para fazer análises lógicas e raciocínios mais complexos. Termina o egocentrismo, dando valor aos sentimentos dos que a rodeiam.

  Período das Operações Formais (a partir dos 12 anos)
     O pensamento ganha uma complexidade abstracta, lógica e formal deixando de parte o pensamento concreto. O seu raciocínio passa ao domínio hipotético-dedutivo deduzindo e induzindo de modo sistemático e organizado.

     Posto isto, o desenvolvimento cognitivo de um indivíduo passa por vários processos de transformação adquirindo cada vez mais uma complexidade de pensamentos e raciocínios que o levam a formação intelectual, permitindo-lhe resolver os problemas que lhe vão aparecendo no dia-a-dia. 


     No nosso ponto de vista Jean Piaget está certo quando afirma que a aprendizagem se dá através do pensamento e que a inteligência não é adquirida de forma inata, mas que sofre vários processos ao longo da maturação da mente durante o dia-a-dia da vida de um indivíduo. Ou seja, um Ser não nasce inteligente, mas a sua inteligência desenvolve-se através da suas experiências pessoais e dos estímulos que esta dá para o desenvolvimento da sua inteligência. E com o conhecimento deste estudo e tendo Piaget organizado em diferentes períodos, conseguimos uma melhor organização para nos prepararmos quando formos lidar com as crianças de diferentes idades, sabendo em que se baseia o seu pensamento e o seu modo de racionalizar acerca do que o rodeia.

Miguel Botelho
Patrick Rodrigues
Pedro Sottomayor Oliveira

quarta-feira, abril 13, 2011

Desenvolvimento ao longo da infância e da adolescência

      Desde o seu nascimento, o indivíduo está sujeito a um constante desenvolvimento, quer a nível motor quer a nível sensorial. No desenvolvimento motor encontramos três progressões fundamentais: progressão céfalo-caudal, proximodistal e de acção concentrada para específica. Já o desenvolvimento sensorial envolve os cinco sentidos (paladar, olfacto, audição, visão e tacto).



     O desenvolvimento desta teoria não será tão importante na nossa vida profissional, uma vez que não deveremos interagir com crianças desta idade, mas será útil para se alguma vez interagirmos com estas sejam filhos, sobrinhos, primos, filhos de amigos , entre outros. Poderemos então prever as reacções a certos objectos e conhecer a que objectos e imagens irão reagir de uma forma mais positiva e alegre.


Patrick Rodrigues
Pedro Sottomayor Oliveira

sábado, abril 02, 2011

Genie: o segredo da criança selvagem




Este video mostra o caso da Genie, um caso de privação social e emocional.

Hereditariedade vs Meio

    O indivíduo é o produto da conjunção de todas as características hereditárias e é profundamente influenciado pelo meio em que se insere. Há quem dê mais importância ao factor meio e há quem defenda que as características hereditárias são mais significativas. Dentro do nosso grupo existe esta controvérsia, não temos uma opinião igual acerca desta problemática. No entanto, deixamos claro que cada factor (hereditário e meio) influencia o indivíduo.
   Relativamente ao factor genético, sabe-se que se relaciona com a aparência física do indivíduo, que é normalmente considerada herdada, isto é, a informação genética é transmitida de geração em geração através dos genes. Estas características hereditárias são o que o indivíduo recebe na concepção, definindo um conjunto de características fisiológicas, morfológicas e sexuais, que o tornam único. Vejamos um exemplo: se um dos pais é teimoso, haverá a probabilidade de o filho também o ser. No caso do documentário ‘Genie, o segredo da criança selvagem’, a Genie pode ter adquirido os genes dos pais, visto que o pai dela era depressivo e sofria distúrbios mentais. Já a sua mãe era parcialmente cega. Talvez seja por esta razão que esta criança não sofreu um desenvolvimento "normal" a nível cognitivo. Quanto ao meio, este tem fortes influências no comportamento e desenvolvimento do indivíduo como ser. Por exemplo: gémeos que são colocados em diferentes meios, logo após a nascença, criados por diferentes pessoas, tendem a divergir no seu comportamento e personalidade. É através do processo de socialização que o comportamento individual é marcado segundo padrões de cultura de uma dada sociedade. Isto significa que o meio é que define as características do indivíduo, ou seja, ele interioriza na sua personalidade tudo o que aprende com o meio ambiente e social. No que diz respeito à situação da Genie, o meio onde ela estava inserida influenciou fortemente o seu desenvolvimento, consequentemente não conseguiu desenvolver as suas capacidades. Foi por não ter recebido educação por parte dos pais que ela não aprendeu a falar, nem a andar.
      Podemos concluir que o indivíduo é produto da hereditariedade em interacção com o meio, ou seja, o factor genético programa as potencialidades do indivíduo e o meio faz com que elas se expressem ou não, dependendo das condições serem favoráveis ou não ao seu desenvolvimento. A interacção hereditariedade/meio não significa simplesmente que o meio pode influenciar o desenvolvimento do potencial genético. O património genético também pode influenciar o meio em que se dá o desenvolvimento do indivíduo. Portanto, não faz sentido falar de genes sem falar de meio. Ambos os factores são essenciais no desenvolvimento e na formação de um indivíduo.


Patrick Rodrigues